Foto de Altino Machado Patriarca Bartolomeu I no BrasilQuinta-feira, 20/07/2006: O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, encerrou nesta tarde o simpósio internacional de uma semana sobre religião, ciência e meio ambiente. «Vou sempre rezar para um mundo melhor, mais brilhante e mais verde» - afirmou. Bartolomeu I chegou a interromper o final da solenidade para fazer um apelo ao povo brasileiro: «Hoje com certeza vocês terão notícias muito tristes sobre a violência no Oriente Médio. Peço que rezem a Deus, para livrar da morte os inocentes, especialmente as crianças e os velhos». A mesa da solenidade de encerramento do simpósio contou com a presença do índio Benke Ashaninka, do cientista Philip Weller, do governador do Amazonas Eduardo Braga, do secretário estadual de meio ambiente Virgílio Viana e da secretária de Coordenação da Amazônia, Muriel Saragoussi. Nossos agradecimentos, de coração, ao jornalista Altino Machado que, convidado a participar do evento, brindou-nos com notícias e imagens do Simpósio, como a que publicamos acima. Agradecemos a Deus pela disponibilidade e generosidade deste bom brasileiro e grande jornalista que a sua Providência nos fez encontrar. http://altino.blogspot.com/ «O Amor sob o Céu» Jornalista Juarez Nogueira* Registre-se a importância do Simpósio «Amazonas Fonte de Vida» como louvável iniciativa de dizer ao homem humanidade. Que bom, ver o Patriarca Bartolomeu pisar na lama, ver a ministra Marina aí contestar a acefalia da fé, ver gente reunida pelo reconhecimento da obra divina. Triste, ver o veio aberto pela soja, suja mancha parece no corpo da floresta. Mais triste pensar que isso acontece porque o estômago ronca mais alto que qualquer consciência ou ideologia e porque a Legislação e a Educação vão de passo manquitola contra a tratoragem movida pelo interesse político e econômico - de poucos, para poucos, com poucos. Mas é sobretudo esperançoso reconhecer, como Einstein, cientista de fé, esse esforço de humanidade para atingir uma consciência de valores e reforçar e ampliar seus efeitos sobre a conduta humana. Eu já disse neste mesmo espaço: que no sexto dia Deus criou o homem para ajudá-lo a tomar conta da criação. No sétimo, Ele tirou para descansar, e muita gente acha que ainda está no sétimo dia, solta no paraíso (já bastante ameaçado, é necessário lembrar), que o descanso é eterno e que Deus está dormindo... E pensa, confiante de que a Providência divina atenta e misericordiosa cuidará milagrosamente de tudo, que o bom Pai generoso compreenderá as necessidades e vicissitudes desses seus filhos homens e vai se compadecer com seus rogos apenas. Cá pra nós, no que é da tarefa humana, de que humanamente devemos dar e prestar conta, Deus não faz cair uma folha de árvore. No máximo, Ele se enternece, se alegra, reconhece que não tem motivos para se arrepender quando deu um sopro divino no fio maculado da natureza, ao ver que uns tantos desses filhos cuidam de viver em equilíbrio com a natureza que, de resto, é viver em equilíbrio com o próprio Deus Aí, Ele fica feliz como numa brincadeira de criança: Deus joga a bola do mundo para nós, nós devolvemos para Ele, a brincadeira continua, a Terra por si move, o universo por si tece o amor sob o céu que nos abriga. Altino, abrace por mim, essa gente daí. *Juarez Nogueira é escritor.
Mora em Divinópolis (MG). Segunda-feira, 17/07/2006: «Papa pede testemunho conjunto de cristãos sobre a tutela da criação em mensagem que enviou a Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla». Segundo Bento XVI, os cristãos podem, juntos, «oferecer ao mundo um testemunho crível de seu sentido de responsabilidade pela tutela da criação». As palavras do Papa constam na mensagem que ele enviou a Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla, no contexto do Simpósio «Amazônia, fonte de vida», promovido pela Igreja Ortodoxa, que se realiza desde 14 de julho até o próximo dia 20, na região de Manaus (capital do Estado do Amazonas – norte do Brasil). Segundo Bento XVI, existem «objetivos práticos e de sobrevivência do homem que podem e devem unir todas as pessoas de boa vontade». No texto --recolhido por Rádio Vaticano--, o pontífice expressa adesão «aos valores evidenciados pelo simpósio». Valores como os esforços em favor do ambiente, «cuja deterioração tem profundas repercussões sobre as populações», e como a vontade de prosseguir no caminho do diálogo ecumênico. Já a respeito da responsabilidade de salvaguarda da criação, o Papa faz referência ao compromisso comum entre católicos e ortodoxos, visto como «um exemplo daquela colaboração» que ambos «devem buscar com constância, para responder ao apelo de um testemunho comum». «Isso pressupõe --afirma Bento XVI-- que todos os cristãos cultivem em seu íntimo aquela abertura de ânimo que é ditada pela caridade e tem sua raiz na fé». «Desse modo, os cristãos poderão, juntos, oferecer ao mundo um testemunho crível de seu sentido de responsabilidade pela tutela da criação», escreve Bento XVI. Em outro trecho da mensagem, o Papa afirma esperar que o Simpósio «chame mais uma vez a atenção das populações e dos governos para os problemas, as necessidades e as emergências de uma região [a Amazônia, ndr] cuja estabilidade ecológica está tão ameaçada». Responsáveis por entregar a mensagem do Papa ao patriarca ortodoxo e aos participantes do evento foram o presidente emérito dos Pontifícios Conselhos da Justiça e da Paz e «Cor Unum», cardeal Roger Etchegaray, que participa dos trabalhos junto ao presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal Geraldo Majella Agnelo. O patriarca Bartolomeu I, que chegou a Manaus na quinta-feira passada, destacou na abertura do evento a necessidade de se preservar a Amazônia. Em sua opinião, nenhum outro lugar no mundo reflete, com tanta transparência como a Amazônia, a criação de Deus e as escolhas que devem ser feitas. Em seguida, agradecendo também ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan que, de Nova York, fez votos de uma intervenção integrada em favor das populações da bacia do rio Amazonas, o patriarca ecumênico de Constantinopla lançou um premente apelo em defesa daquela «frágil beleza do mundo» que se reflete no rio Amazonas, solicitando uma averiguação sobre a repercussão, no ambiente, de nossas decisões e escolhas. O Simpósio «Amazônia, fonte de vida», que tem seu início em Manaus, proporciona aos participantes a oportunidade de visitar comunidades tradicionais, conhecer um pouco a realidade local e interagir com especialistas que trabalham na região. A cidade de Santarém, no Estado do Pará, e o Parque Nacional do Jaú, nos municípios de Novo Airão e Barcelos, no Estado do Amazonas, estão entre os roteiros programados para visitação. Ao longo das viagens em embarcações pelo rio Amazonas, representantes locais e internacionais discutem temas que abrangem a ética ambiental e assuntos relevantes à Amazônia, como desmatamento, perda de biodiversidade, a introdução de organismos transgênicos, ecossistemas amazônicos, os direitos e desafios dos povos indígenas e tradicionais e o papel da Amazônia nas mudanças climáticas globais. Segundo informa o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, o evento reúne cerca de 200 cientistas, teólogos, líderes religiosos, ambientalistas, representantes de organismos internacionais, chefes indígenas e jornalistas de todo o mundo. Os debates acontecem em barcos, que navegam pelas águas do rio Amazonas. Eles partem de Manaus e seguem para visitar pontos de interesse ambiental às margens do rio, durante seis dias, encerrando a viagem no próximo dia 20. O simpósio da Amazônia é o sexto da série, e o primeiro a acontecer fora da Europa. Os cinco anteriores também aconteceram em embarcações, que navegaram pelos mares Egeu (1995), Negro (1997), Adriático (2002), Báltico (2003) e pelo rio Danúbio (1999). É organizado pela organização não-governamental «Religião, Ciência e Meio Ambiente», vinculada à Igreja Ortodoxa, com o co-patrocínio do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. FONTE: Zenit.org Segunda-feira, 17/07/2006: «Ritual ecumênico com Patriarca Bartolomeu I MARCELO LEITE*, Foi uma cerimônia incomum. Às 8h55 de ontem em Manaus (9h55 em Brasília), o patriarca Bartolomeu 1º desceu de uma lancha do navio Iberostar Grand Amazon para a balsa Lady Irene, ancorada no encontro das águas dos rios Solimões e Negro, que formam o Amazonas. Com ele, religiosos de quatro confissões cristãs (ortodoxos gregos, católicos, luteranos e anglicanos) e líderes de três etnias indígenas (baniua, tucano e dessana). Todos estavam ali para abençoar as águas amazônicas, em celebração ecumênica pela natureza. A platéia era formada por uma dúzia de iates alugados para acomodar participantes do Simpósio "Amazonas, Fonte de Vida", organizado pela Igreja Ortodoxa Grega e pela ONG Religião, Ciência e Ambiente. Ao redor do barco "Zona Franca Verde", do governo estadual do Amazonas, embarcações militares, jet skis do corpo de bombeiros e lanchas de turistas. Um helicóptero de TV rodeava a cena, e atrapalhava a transmissão da cerimônia pelos alto-falantes. Chamado a falar em primeiro lugar, Bartolomeu disse apenas que nada havia a explicar, porque a celebração se desenrolaria perante os olhos de todos. A palavra foi dada então ao pajé Raimundo, da etnia dessana, que se desculpou por "não pronunciar direito o português". Durante cerca de meia hora, ele e outros índios cantaram e falaram, além de queimar ervas numa cuia ritual, para purificar as águas, sob a atenção reverente dos líderes religiosos, entre eles dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil. "Nossa vida indígena é muito principal", explicou Raimundo. "Nossos antepassados eram encantados." O papel de protagonistas oferecido aos índios na cerimônia decorre de uma das idéias que norteia o simpósio, a de que eles guardam uma relação de respeito com a natureza que a tradição judaico-cristã teria perdido. Na quinta-feira, primeiro dia do evento, a noção havia recebido formulação teológica pelo metropolita ortodoxo João de Pérgamo. Ele havia sugerido a necessidade de reunir esse respeito (sem o temor da natureza característico do "paganismo") com a ciência ocidental (que teria abandonado o medo, mas perdendo também o respeito). Para ele, essa é a fonte da crise ecológica global de hoje. Ao abençoar as águas amazônicas, o patriarca disse (usando o inglês): "A destruição ecológica é um pecado contra Deus e a criação". Afirmou ainda que ela representava um problema social e econômico: "Conservação e compaixão estão profundamente conectadas". Dom Geraldo Majella Agnelo leu em seguida o salmo de número 136: "Dai graças ao Senhor dos senhores, porque a sua benignidade dura para sempre; ao único que faz grandes maravilhas (...); àquele que com entendimento fez os céus (...); àquele que estendeu a terra sobre as águas, porque a sua benignidade dura para sempre". Bartolomeu I ofertou então um ícone ortodoxo --com Nossa Senhora e o Menino Jesus junto a uma fonte, representando a santidade da água-- ao arcebispo de Manaus, dom Luiz Soares Vieira. Sugeriu que fosse exibido na catedral. Momentos antes, o representante do governo do Amazonas havia repetido palavras do governador Eduardo Braga: a partir de agora, Bartolomeu I, já apelidado de "patriarca verde", ficaria conhecido também como o "patriarca da Amazônia".
FONTE: Folha de São Paulo Sábado, 15 de Julho: «Religiosos se unem pela Amazônia»Patriarca Bartolomeu e Papa Bento XVI defendem 'obra divina'. Paulo Sotero* Os líderes máximos das Igrejas cristãs de todo o mundo uniram suas vozes ontem em defesa da proteção da Amazônia afirmando que ela é obra da criação divina e sua preservação precisa incorporar aos esforços de desenvolvimento sustentável a dimensão espiritual. "Quebrar o círculo vicioso da degradação ambiental é uma escolha que nos cabe", afirmou o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, depois de denunciar a "economia do desperdício, que viola profundamente a natureza". Ele falou na abertura de uma conferência internacional intitulada Amazônia - Fonte de Vida, a bordo do navio Iberostar, em Manaus. O evento reunirá nos próximos seis dias mais de 150 líderes religiosos, cientistas, formuladores de políticas públicas e ecologistas de todo o mundo, além de líderes indígenas e de comunidades locais numa flotilha de dez embarcações que navegará a vários pontos dos rios Negro e Amazonas. Trata-se do sexto simpósio de uma série sobre religião, ciência e meio ambiente iniciado nos anos 90 pelo chefe da Igreja ortodoxa grega e papa dos cerca de 250 milhões de cristãos do Oriente. O papa Bento XVI abençoou a iniciativa com uma mensagem especial, na qual disse esperar que o evento "chame mais uma vez a atenção das populações e dos governos para os problemas, as necessidades e as emergências de uma região cuja estabilidade ecológica está tão ameaçada". O papa escalou dois cardeais para participar do simpósio - d. Gerardo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador e presidente da CNBB, e d. Roger Etchegaray, presidente emérito da Comissão de Justiça e Paz da Santa Sé. Fé e ciênciaA ministra do Meio Ambiente Marina Silva deu o endosso oficial ao simpósio. Num discurso de improviso, Marina, evangélica da Assembléia de Deus e filha de seringueiros educada por freiras, disse que, na luta pela preservação da Amazônia, não se pode aceitar "a separação entre a fé e a ciência". Às vezes, afirmou a ministra, "a gente sente que a ciência perdeu a alma e a fé perdeu a cabeça, mas estou aqui para dizer que a ciência tem alma e a fé tem cabeça". Ela defendeu a combinação das duas dimensões na busca de respostas aos desafios da Amazônia. Marina também aproveitou para lembrar que o desmatamento na Amazônia caiu 32% entre 2004 e 2005 graças a medidas tomadas pela administração Lula. Ela mencionou a prisão de 350 pessoas, a apreensão de 600 mil metros cúbicos de madeira ilegalmente cortada e a adoção do primeiro plano interministerial de zoneamento ecológico e desenvolvimento planejado da área ao longo de um trecho de 900 quilômetros da rodovia BR-163, que liga Santarém a Cuiabá. *Paulo Sotero é repórter do jornal O Estado de S. Paulo.
Sexta-feira, 14/07/2006: «Amazônia sedia debate internacional sobre meio ambiente, cultura e religião» Começou hoje e vai até o dia 20 de julho o simpósio “Amazônia, fonte de vida”, promovido pela Igreja Cristã Ortodoxa da Grécia. Mais de 200 líderes religiosos, cientistas, ambientalistas e representantes de governos de vários países estarão participando do encontro que acontecerá a bordo do navio Ibero Star e utilizará outras dez embarcações. Com início em Manaus, o evento proporcionará aos participantes a oportunidade de visitar comunidades tradicionais, conhecer um pouco a realidade local e interagir com especialistas que trabalham na região. A cidade de Santarém, no estado do Pará, e o Parque Nacional do Jaú, nos municípios de Novo Airão e Barcelos, no estado do Amazonas, estão entre os roteiros programados para visitação. Ao longo das viagens, representantes locais e internacionais discutirão temas que abrangem a ética ambiental e assuntos relevantes à Amazônia, como desmatamento, perda de biodiversidade, a introdução de organismos transgênicos, ecossistemas amazônicos, os direitos e desafios dos povos indígenas e tradicionais e o papel da Amazônia nas mudanças climáticas globais. O Greenpeace, convidado para realizar uma palestra no dia de encerramento do evento, apresentará aos participantes os dados de suas investigações sobre a diminuição das áreas de florestas primárias do planeta e o avanço do desmatamento impulsionado pelo plantio de soja na Amazônia, bem como a proposta de criação de uma rede global de áreas protegidas em áreas de florestas intactas e reservas marinhas para conter a alarmante perda de biodiversidade no mundo. Segundo Marcelo Marquesini, da Campanha Amazônia, do Greenpeace, a realização de eventos como este é fundamental para chamar a atenção – não apenas do Brasil, mas do mundo todo – sobre a importância de se defender a Amazônia e buscar soluções para seus principais problemas como, por exemplo, a expansão do agronegócio na região. “De acordo com dados oficiais, o desmatamento anual nos municípios de Belterra e Santarém pulou de 15 mil para 28 mil hectares entre 2002 e 2004 com a chegada da soja”, disse ele. “Na região, existem inúmeros projetos de desenvolvimento responsável que mostram que é possível gerar emprego e renda, com melhoria de qualidade de vida para as populações locais. E tudo isso mantendo a floresta em pé!” Dentre os palestrantes e delegados esperados estão conhecidos líderes religiosos como o patriarca ecumênico Bartholomew I (equivalente ao papa da Igreja Católica Romana), o cardeal Roger Etchegaray, e políticos como a ministra Marina Silva, a secretária da Amazônia Muriel Saragoussi, o governador do Amazonas Eduardo Braga, o deputado federal Fernando Gabeira, o diretor regional do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas Ricardo Sánches, a secretária-geral da Organização do Tratado Amazônico Sanchez Sosa e os ativistas ambientais Vandana Shiva, Tarcísio Feitosa e Edilberto Sena. Os outros 5 simpósios realizados anteriormente aconteceram no mar Egeu (1995), no Mar Negro (1997), no rio Danúbio (1999), no mar Adriático (2002) e no mar Báltico (2003). FONTE: Greenpeace Brasil Amazonas recebe S. S. Bartolomeu I, Bartolomeu I faz a abertura do Simpósio O patriarca da Igreja Cristã Ortodoxa abriu hoje, no Amazonas, um simpósio que vai discutir religião, ciência e meio ambiente. Pela primeira vez este evento é realizado fora da Europa. O patriarca da Igreja Cristã Ortodoxa abriu hoje, no Amazonas, um simpósio que vai discutir religião, ciência e meio ambiente. Pela primeira vez este evento é realizado fora da Europa. Uma frotilha de dez embarcações vai percorrer áreas de preservação da Amazônia, como o Parque Nacional do Jaú, o arquipélago de Anavilhanas e a Reserva de Mamiraúa. Ambientalistas e religiosos também vão sobrevoar áreas desmatadas no sul do Pará. O simpósio é organizado pela Igreja Cristã Ortodoxa, que tem 250 milhões de fiéis no mundo e é liderada por Bartolomeu I, patriarca de Constantinopla, que chegou ontem a Manaus. O cenário do encontro não foi escolhido ao acaso. A importância que dá a questões de preservação ambiental valeu a Bartolomeu I, o título informal de patriarca verde, como é conhecido na Europa. Para o líder da igreja ortodoxa, religião, ciência e ecologia devem caminhar na mesma direção. Na abertura do simpósio, Bartolomeu I afirmou que a Amazônia, mais do que qualquer outro lugar, reflete a criação divina e as escolhas dos homens. E que esta conferência é uma oportunidade única de assumir a responsabilidade sobre a saúde do planeta. FONTE: Jornal Nacional (www.globo.com) Sexta-feira, 14/07/2006: «Amazonas sedia simpósio sobre religião,
O Estado do Amazonas sedia um evento inédito na América do Sul. De hoje até a próxima quarta-feira (19) mais de 200 líderes religiosos, ambientalistas, cientistas e representantes da sociedade civil do Brasil e do exterior participarão do Simpósio Amazônico: Religião, Ciência e Meio Ambiente. O tema em discussão é “O Amazonas, fonte de vida”. A cerimônia de abertura do evento, às 10h30, no navio Grand Amazon, terá a participação do líder espiritual dos cristãos ortodoxos gregos, Sua Santidade Ecumênica Bartolomeu I, pela primeira vez em visita à América do Sul. O Simpósio tem como objetivo debater questões ambientais da região amazônica, como desafios, progressos e questões éticas relacionadas à proteção do meio ambiente. Serão utilizadas 10 embarcações, saindo de Manaus, que percorrerão dezenas de localidades onde os participantes terão a chance de conversar com habitantes da região. O ponto alto do evento é a cerimônia ecumênica de bênção das águas do Amazonas, domingo, às 8h, pelo patriarca Bartolomeu e pelo pajé Raimundo Dessana. “É muito importante a escolha do Brasil para a realização desse evento”, disse o secretário-Executivo do Ministério do Turismo, Márcio Favilla Lucca de Paula. “Mostra que o Brasil tem uma diversidade muito grande de destinos turísticos preparados para realizar grandes eventos internacionais”. A partir desta sexta (14), a região amazônica estará sendo mostrada nos lares de cristãos ortodoxos de todo o mundo. A presença em Manaus do líder espiritual reforça a importância do evento para 500 milhões de fiéis, em diversos países. Durante cinco dias, os participantes terão como ponto de apoio as embarcações no rio Amazonas e visitarão a Floresta Nacional de Tapajós, o Parque Nacional do Jaú, as Ilhas Anavilhanas e a cidade de Santarém, no Pará. O objetivo é discutir os assuntos relevantes para a Amazônia e para o bem-estar da humanidade. “O Estado do Amazonas foi o local escolhido para sediar o evento porque é um lugar muito importante para a vida do planeta”, explicou o Embaixador da Grécia no Brasil, Andonios Nicolaidis. “O Simpósio vai chamar a atenção do mundo para a região, vai divulgar o estado, mostrando seus desafios e progressos”. O Simpósio da Amazônia será o sexto da série realizado pela Igreja Ortodoxa e o primeiro promovido fora da Europa. O evento acontece de dois em dois anos, sempre em locais de grande concentração de águas. Já foi realizado nos mares Egeu (1995), Negro (1997), Adriático (2002) e Báltico (2003), além do Rio Danúbio (1999). Está sendo co-patrocinado pelo governo da Grécia, pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e organizações não-governamentais. (Repórter Marlene Gomes) FONTE: Ministério do Turismo do Brasil «Patriarca ortodoxo em missão amazônica» Bartolomeu I, patriarca de Constantinopla, é o incentivador de evento inédito sobre religião, ciência e ambiente Paulo Sotero, ENVIADO ESPECIAL, ISTAMBUL Menos de uma semana depois de a Copa do Mundo terminar, com ou sem o hexa, a atenção internacional sobre o Brasil migrará do futebol para a Amazônia. No dia 13 de julho, dezenas de cientistas, teólogos, líderes religiosos e ambientalistas, altos funcionários de organismos internacionais, representantes do governo brasileiro, sertanistas, chefes indígenas e jornalistas dos mais influentes órgãos da imprensa ocidental chegarão a Manaus para participar de um evento único neste quarto de século em que a preservação da floresta tornou-se preocupação planetária. Alguns dos convidados virão de lugares distantes, como Irã, Azerbaijão e Noruega. Embarcados no navio Iberostar e numa flotilha auxiliar, ou voando em aviões charter, durante seis dias eles visitarão zonas de desmatamento, áreas de conflito e reservas ecológicas, conversarão com representantes de comunidades locais e verão o encontro das águas e as belezas da paisagem tropical. Nos longos deslocamentos pelo rio, ouvirão palestras e participarão de debates em cinco reuniões plenárias de um simpósio sobre religião, ciência e meio ambiente intitulado Amazonas, Fonte de Vida. Tão inédita quanto a iniciativa será a presença no Brasil de seu inspirador e principal animador: Sua Santidade Ecumênica Bartolomeu I, o patriarca de Constantinopla e líder espiritual de 250 milhões de cristãos ortodoxos gregos espalhados pelo mundo. Dono de um vozeirão que o faz parecer mais alto do que na verdade é, Bartolomeu irradia autoridade e simpatia nas audiências públicas no Phanar, o nome do antigo bairro grego de Istambul que hoje identifica o enclave que abriga o palacete de madeira onde o patriarca vive e trabalha, uma escola para os filhos da minoria grega (hoje reduzida a cerca de 3 mil pessoas), e a pequena catedral ortodoxa de São Jorge, com seus ícones e o altar dourado. Trata-se de um dos poucos templos que restaram do esplendor do cristianismo na antiga Bizâncio. Dimitrios Arhondonis nasceu em 1940, na ilha de Imvros, na Turquia. Na década de 60, durante o Concílio Vaticano II, viveu em Roma, onde doutorou-se em Teologia pelo Instituto Pontifício Oriental da Universidade Gregoriana. O fato de ter cidadania turca contribuiu para sua elevação ao patriarcado em 1991, quando tinha apenas 51 anos: esta é uma das condições impostas pelas autoridades de Ancara, depois da guerra entre a Turquia e a Grécia, entre 1919 e 1922, para a permanência em Istambul do líder máximo dos gregos ortodoxos. Plataforma ecológicaFoi graças ao apoio de fundações financiadas pelos membros da Igreja Ortodoxa em todo o mundo que Bartolomeu transformou a defesa do meio ambiente na plataforma a partir da qual ganhou espaço na cena internacional e afirmou a presença de sua igreja, seguindo um caminho parecido ao que seu amigo João Paulo II abriu ao tornar-se o primeiro papa superstar. A escolha do tema, iniciada por seu antecessor, o patriarca Demétrio, veio naturalmente, como ele explicou em uma rara entrevista, que concedeu ao Estado no sábado retrasado. Em seu gabinete de móveis clássicos, mas sem pompa, ele trabalha atrás de uma mesa forrada de documentos, sob o olhar de uma imagem da Virgem Maria e a reverente atenção de uma dúzia de diáconos, padres e outros prelados que formam sua corte. “Se amamos o Criador, é nosso dever proteger sua criação”, disse ele. O foco na proteção dos rios e dos mares adotado por Bartolomeu resultou do exame da Bíblia. “A água é um elemento sagrado, é fonte da vida.” Embora mantenha-se oficialmente longe da política, até porque o governo turco nega a existência do patriarcado ou da Igreja Ortodoxa como entidade jurídica, a utilidade prática do assunto parece óbvia: trata-se de um dos poucos temas de política pública que não geram atritos entre o patriarcado e Ancara e entre turcos e gregos. Desde praticamente o início de seu patriarcado, Bartolomeu realiza seminários ecológicos durante o verão no antigo Mosteiro da Santíssima Trindade, na ilha de Halki, onde funcionou um instituto teológico fechado pelo governo turco há 35 anos. Nos anos 90, com a assistência de um dos cardeais da Igreja Ortodoxa, o metropolitano John de Pergamon, um teólogo e estudioso da ecologia, o patriarca lançou uma iniciativa que busca na religião, na ciência e na ecologia orientações e respostas para a preservação ambiental. Organizado sob o co-patrocínio do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o simpósio da Amazônia será o sexto da série e o primeiro fora da Europa, depois dos realizados nos Mares Egeu (1995), Negro (1997), Adriático (2002), Báltico (2003) e no Rio Danúbio (1999). Processo de reaproximaçãoA iniciativa, que já rendeu a Bartolomeu o apelido de Patriarca Verde, tornou-se parte do complexo e tortuoso processo de reaproximação da Igreja Ortodoxa com a Igreja Católica, separadas há mais de 1.500 anos. Em 2002, durante o simpósio no Adriático, João Paulo II e Bartolomeu I assinaram uma declaração conjunta sobre ética ambiental. No ano passado, em apoio a uma outra iniciativa do patriarca, a conferência episcopal da Itália adotou o dia 1º de setembro como um dia de orações pela preservação ambiental. O papa Bento XVI, que visitará Bartolomeu no dia 30 de novembro para celebrar o Dia de Santo André - o apóstolo fundador da igreja cristã de Bizâncio e o mais venerado pelos ortodoxos -, escalou o cardeal Roger Etchegaray, presidente emérito da Comissão de Justiça e Paz do Vaticano, para representá-lo. O patriarca espera que o cardeal traga uma mensagem do papa sobre a preservação da Amazônia. Ciente da influência da Teologia da Libertação em setores da igreja na região de conflito na Amazônia, o papa, que combateu sistematicamente esse tipo de militância em seus tempos de cardeal do Santo Ofício, contará com a atenta presença do cardeal d. Geraldo Majella Agnelo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acompanhará o líder da Igreja Ortodoxa, do começo ao fim, em sua histórica peregrinação ecológica pelo maior país católico do mundo. O ponto alto do evento será uma cerimônia ecumênica de bênção das águas do Amazonas, no dia 16. Esperado para o encerramento do simpósio, em Manaus, no dia 20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não confirmou presença. «Se amamos o Criador, devemos amar a Criação» Patriarca fala sobre lado espiritual da ecologia Jornalista Paulo Sotero, Entrevista com Bartolomeu I, Pelos cálculos do arcebispo metropolitano da igreja ortodoxa grega de Buenos Aires, monsenhor Tarasios, que responde por toda a América do Sul, há entre 20 mil e 50 mil cristãos ortodoxos no Brasil. Segundo o site www.ortodoxiabrasil.com, eles se concentram em 12 Estados e no Distrito Federal. Há uma dúzia de paróquias na cidade de São Paulo e outro tanto no interior do Estado. Apesar da escassez de seu rebanho no Brasil, Bartolomeu I, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, possui laços de família com o País. Três de seus primos, filhos de um irmão de seu pai, vivem em São Paulo - e dois deles o encontrarão pela primeira vez durante a visita que fará ao Amazonas, no mês que vem. Não será a primeira viagem de Bartolomeu I para a América Latina. Suas andanças pelo mundo já o levaram a Cuba e ao México. Abaixo, trechos da entrevista que concedeu ao Estado: • Por que seu interesse pela Amazônia? — Sabemos que há uma preocupação mundial com a Amazônia. Queremos conhecer e aprender. E queremos oferecer nossa perspectiva e contribuir para o diálogo que leve à solução dos problemas. O simpósio em si não trará nenhuma solução. Mas acreditamos que a participação de especialistas de diferentes disciplinas e países, bem como de formuladores de políticas, facilitará o entendimento, pois trará ao debate as dimensões científica e espiritual da ecologia. • O que o senhor espera alcançar com o simpósio? — Nosso objetivo não é resolver todos os problemas ecológicos, mas sensibilizar as pessoas, criar consciência ecológica. É obrigação sagrada da igreja proteger a criação, de acordo com a vontade do Criador. Essa é a razão, em última análise, pela qual o Patriarcado Ecumênico decidiu abraçar esse trabalho. Achamos que é nosso dever. Atuamos em colaboração com a Igreja Católica, que é a maior das denominações cristãs, o que aumenta a eficácia dos nossos esforços e seu impacto junto aos fiéis. Se dizemos que respeitamos e amamos o Criador, temos então que respeitar e amar sua criação. • O Brasil é o país que tem o maior número de católicos batizados. A reconciliação das Igrejas Católica e Ortodoxa acontecerá um dia? — Será um longo caminho. Temos um fosso criado por uma separação de nove séculos e meio. Iniciamos um diálogo há quase 50 anos, quando o papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras tiveram um encontro histórico na cidade de Jerusalém, ao final do Concílio Vaticano II. Levantaram-se as excomunhões mútuas que as igrejas haviam decretado. O diálogo teológico começou depois da visita do papa João Paulo II ao Patriarcado, em 1979. No entanto, a comissão mista formada para estudar os pontos de diferenciação dos dois sistemas, com o objetivo de chegar a um consenso, entrou em crise depois de 20 anos de trabalho. • Por quê? — O problema gira em torno das igrejas ortodoxas do movimento uniata, que seguem Roma. Elas mantêm os paramentos e ritos litúrgicos das igrejas orientais mas estão unidas a Roma. Os ortodoxos acreditam que os chamados ritos orientais foram uma invenção de Roma para fazer proselitismo junto aos cristãos do leste. Os nossos irmãos católicos romanos dizem aos ortodoxos que não são teologicamente educados, que não há diferença substancial entre as igrejas, que a diferença está só nas roupas, e que se trata apenas de mencionar o nome do papa de Roma na liturgia, porque somos todos o mesmo povo. • E não é assim? — O entendimento ortodoxo é que esse não é um argumento honesto e sincero. Depois do colapso do comunismo, várias das igrejas uniatas que seguem Roma passaram a desfrutar de mais liberdade e assumiram atitudes agressivas em relação aos ortodoxos. Houve uma reação forte e o diálogo parou. Em setembro passado convoquei os representantes de todas as igrejas ortodoxas e propus a retomada do diálogo, que foi aceita. Roma também concordou. Em setembro próximo haverá, em Belgrado, a primeira reunião plenária da comissão de 30 teólogos ortodoxos e 30 teólogos católicos. O tema será a estrutura da igreja. • Qual é a maior diferença? — É a posição hierárquica do bispo de Roma na estrutura geral da igreja cristã e isso nos leva ao principal obstáculo em nossas deliberações. Nós, ortodoxos, dizemos que o papa tem a primazia do amor e da honra. A Igreja Católica afirma que o papa tem também a primazia de jurisdição sobre toda a igreja cristã e pretende que isto seja um direito divino, enquanto que nós entendemos que se trata de um direito criado pelos homens. FONTE: Jornal O Estado de São Paulo,
Embaixador da Grécia visita o Amazonas e prepara visita do Patriarca Ecumênico da Igreja Ortodoxa 15 de junho de 2006: MANAUS - O Embaixador e Plenipotenciário da Grécia, Andonis Nicolaidis esteve em Manaus entre os dias 10 e 13 de junho para preparar a visita do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, o principal bispo da Igreja Ortodoxa, à cidade. Segundo o embaixador Andonis, a visita de Bartolomeu I, que é a primeira no Brasil, ocorrerá em função da realização do VI Simpósio Internacional Religião, Ciência e Meio-Ambiente, uma espécie de cruzada do meio-ambiente. Para informar sobre a vinda do Patriarca e convidar autoridades locais para participar do evento, o cônsul honorário da Grécia no Estado e Vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio, CNC, José Roberto Tadros organizou uma agenda de visitas que começou com o Arcebispo de Manaus, Dom Luiz Soares. Na ocasião Dom Luiz recebeu o convite para participar do Simpósio e para ministrar juntamente com o Patriarca Bartolomeu I, a bênção das águas, a ocorrer no dia 14 de julho, em pleno Encontro das Águas com a presença dos participantes do evento e de 45 estudantes que estão realizando uma excursão nos moldes da viagem expedicionária de Francisco Orellana. Simpósio será realizado entre os dias 13 e 20 de julho.O Simpósio será realizado entre os dias 13 e 20 de julho, no navio Iberostar e terá a presença de aproximadamente 150 participantes entre jornalistas, cientistas, teólogos, estudantes e representantes da Igreja Ortodoxa Americana, Russa, Búlgara, Assíria, Turca e demais países europeus. Tido como patriarca verde por sua preocupação com o meio-ambiente, Bartolomeu I organizou o Simpósio para abrir espaço para discussões sobre a temática e, simbolicamente, consagrar as águas dos rios e mares, por entender que a água é uma das principais fontes de vida. Com apoio da imprensa internacional, o evento será transmitido pela BBC Brasil, e terá a presença, além do Embaixador grego, do Vice-ministro da Grécia. «Amazônia floresta da vida» O texto que faz parte da introdução do livro Amazônia 110 / Autor: Felix Richter / Fotos: Felix Richter / Páginas: 80 / Formato: 16,5 cm x 21 cm / Idiomas: Português, Inglês, Francês, Alemão, Espanhol / Editora: Céu Azul de Copacabana A Amazônia é um tesouro inestimável que precisa ser preservado a todo custo. Além de ser a maior floresta do mundo, com a maior concentração de água doce e ter a maior biodiversidade do planeta, a floresta Amazônica é uma fonte de vida, um dos poucos lugares no planeta terra onde a natureza ainda exerce toda a sua força magnífica. É difícil de explicar em palavras o que todo visitante sente ao conhecer pela primeira vez a Amazônia: um poder jamais imaginado, magnetismo, força, emoção, respeito, grandiosidade, vida e paz. A floresta Amazônica cobre 6,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 4 milhões estão em território brasileiro. O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes, no Peru, sob o nome de Marañon. Ao entrar no Brasil recebe o nome de Rio Solimões, até se encontrar com o Rio Negro, nas proximidades de Manaus, e passar a se chamar de Rio Amazonas. No total, são pouco mais de 7000 quilômetros de extensão. Alguns afluentes do Rio Amazonas medem mais de 1500 quilômetros. Os mais conhecidos são Negro, Tapajós, Xingu, Madeira e Jarí. A bacia Amazônica é uma região muito plana, mas, em contraposição, abriga o maior pico do Brasil, o Pico da Neblina, com 3014 m. Apesar de ser pouco habitada, a região tem indícios de presença humana que datam de 12.000 anos antes de Cristo. Fonte: Manaus on line |
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