JANEIRO-2004: | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Patriarca Bartolomeu em Cuba 21 a 26 de janeiro/2004 S. S. Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla - Nova Roma, chega a Cuba a convite do Presidente Fidel Castro para uma visita de 5 dias. Edição: Pe. André (João Manoel) Sperandio ua Santidade, Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla, chegou a Havana em um vôo comercial procedente de Istambul, sede do Patriarcado Ecumênico, acompanhado de uma numerosa delegação, tendo sido recebido no aeroporto pelo presidente Fidel Castro e uma ampla representação de seu Governo. Um grupo de crianças cubanas entregou ramos de flores ao Patriarca e ao Presidente Castro, enquanto avançavam por um tapete vermelho. Várias dezenas de sacerdotes e fiéis ortodoxos que viajaram expressamente a Havana de outros países para a visita do Patriarca e representantes dessa comunidade religiosa em Cuba agitavam bandeiras, aplaudindo. O Presidente Fidel Castro, em seu tradicional uniforme verde-oliva, e o Patriarca Bartolomeu I cumprimentaram os integrantes da Companhia de Cerimônia do Estado-Maior do exército cubano e sua banda de música, que interpretou os hinos nacional de Cuba e o da Igreja Ortodoxa. Fidel Castro cumprimentou e falou brevemente com os membros da comitiva que acompanha o Patriarca, que por sua vez, também conversou com os representantes do governo cubano presentes no breve ato oficial. Também foram ao aeroporto representantes de outras igrejas cubanas, entre eles, o bispo da Igreja Católica Romana, Salvador Riverón, membro da Conferência de Bispos Católicos. Um enorme cartaz com a imagem de S.S. o Patriarca Bartolomeu I podia ser visto em um dos balcões do aeroporto internacional "José Martín" de Havana junto à inscrição "Bem-vindo S. Santidade", em espanhol e grego. Do aeroporto foram juntos no mesmo carro ao Palácio da Revolução, sede do governo, para a cerimônia oficial de boas-vindas. O ato oficial contou com a presença da delegação que acompanha S. Santidade e membros do executivo cubano. Depois da cerimônia, os dois líderes iniciaram as conversas oficiais no próprio Palácio da Revolução, a última atividade do Patriarca neste primeiro dia de estadia na ilha. Tanto o Presidente Castro como o Patriarca Bartolomeu I, não fizeram declarações durante a cerimônia, à qual estiveram presentes: o vice-presidente Carlos Lage; o chanceler Felipe Pérez Roque, o ministro da Cultura, Abel Prieto, o presidente do Parlamento Ricardo Alarcón, e o Historiador de Havana, Eusebio Leal. Compareceram também o embaixador da Grécia, George Costoulas, e do Chipre, Antonis Toumazis. Encontro com o Cardeal Jaime Ortega AlamainoO cardeal cubano Jaime Ortega Alamaino expressou ao patriarca Ortodoxo da Igreja Grega, Bartolomeu, sua "satisfação" com o encontro que ambos tiveram hoje, de acordo com uma nota divulgada pelo Escritório de Imprensa da Conferência dos Bispos Católicos de Cuba. "O encontro (...) foi cordial e acolhedor, ao mesmo tempo em que [foi] uma expressão do espírito ecumênico que anima ambas as igrejas cristãs", diz o texto. "O cardeal expressou ao Patriarca sua satisfação com a oportunidade do encontro e [disse] que via na construção da igreja de São Nicolau um sinal da presença de Jesus Cristo em Cuba", acrescentou a nota à imprensa. "O patriarca também manifestou sua satisfação com o encontro. Teve palavras de elogio e afeto pelo papa João Paulo 2º como máxima autoridade da Igreja Católica e convidou o cardeal Ortega a visitar sua sede em Istambul", afirmou a nota da Conferência dos Bispos de Cuba. SS. o Patriarca Bartolomeu I "anunciou ainda que no próximo dia 29 de junho estará em Roma atendendo a um convite do João Paulo II para a celebração da festa de São Pedro e São Paulo", acrescentou. Este foi o primeiro pronunciamento público da Conferência dos Bispos sobre a visita de seis dias do patriarca ao país, iniciada na quarta-feira dia 21. Palestra sobre o Meio AmbienteS.S. Bartolomeu I, na Conferência sobre o Meio Ambiente, em Havana, 23 de janeiro de 2004, durante a sua visita de cinco dias a Cuba. Na quinta-feira, dia 21, S. Santidade o Patriarca Bartolomeu I, proferiu uma conferência no Palácio de Convenções de Havana ante um auditório no qual estava seu anfitrião, o presidente cubano, Fidel Castro, funcionários do governo da ilha relacionados à área da ciência e do meio ambiente e membros da delegação que o acompanha. Também escutaram seu discurso religiosos ortodoxos que viajaram da Grécia, Turquia, Canadá e de outros países para compartilhar esta visita. "Tentamos persuadir todo ser humano a não contribuir para a destruição do meio ambiente", afirmou. O Patriarca é conhecido por suas iniciativas ambientais focalizadas na defesa da descontaminação das águas de rios e mares, e da natureza. Considerou ainda que "existe uma responsabilidade ética em todos os seres humanos de proteger o meio ambiente" e insistiu em prevenir sua destruição. "Nossos esforços -assinalou- não se limitam às oportunidades para fazer discursos sobre o tema meio ambiental", disse. Ele se referiu depois à cooperação da escola teológica ortodoxa com a União Européia e organizações internacionais dedicadas à proteção do meio ambiente e a libertá-lo de contaminantes. Observou a preocupação existente em Cuba por esse tema e expressou "a formosa consciência achada neste belo país e em seu povo e líderes em favor do meio ambiente". Destacou em particular que a ilha "está dotada de abundante flora e fauna e uma formação biológica extraordinária" e de "uma grande consciência entre os cidadãos cubanos" e que isso permitiria tornar-se "um exemplo para o resto do mundo". O vice-ministro de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente cubano, Daniel Codorniú, entregou ao Patriarca Bartolomeu I vários livros e um quadro vinculados com o tema ecológico como "símbolo de respeito e consideração que nosso país lhe concede por sua nobre causa". Durante o segundo dia de estadia na ilha o Patriarca Bartolomeu I inaugurou uma exposição fotográfica no convento de São Francisco de Assis, em cujos jardins foi construída a Catedral ortodoxa que o Patriarca consagrou no domingo, 25/1, esteve presente a uma festa cultural grega oferecida ao povo cubano, no Anfiteatro de Havana, na parte histórica da cidade da qual partiparam um coral bizantino de 19 vozes masculinas, um grupo de dança da igreja ortodoxa de Cherry Hill (New Jersey, EUA), e uma instituição musical da municipalidade de Salônica (Grécia). Culturas grega e cubanaNa sexta-feira dia 23, no salão "Vedado" do hotel "Nacional" de Havana, Sua Santidade e o Presidente Castro foram recepcionados pelos líderes laicos da Igreja Grega Ortodoxa, cerca de 350 religiosos que viajaram para Havana para este encontro. Após cumprimentarem os participantes, o Presidente e o Patriarca se retiraram para um jantar privado no Hotel Nacional, em Havana, do qual participou também o rei Constantino da Grécia e outros importantes empresários norte-americanos de origem grega. A noite, assistiu a um espetáculo apresentando a mais genuína arte cubana juntamente com uma delegação artística da República Helênica. Obras genuinamente litúrgicas, peças da cultura musical contemporânea, do sincretismo afro-cubano e do mais puro das raízes da tradição cubana foram interpretadas por Ars Longa, los Muñequitos de Matanzas, Míriam Ramos, o Coro Exaudi, Bellita e seu Jazz-Tumbatá, oConjunto Folclórico Nacional e Pancho Amat e o Cabildo do som. O Patriarca Ecumênico, segundo informou Mariela Pérez Valenzuela, ao final da apresentação, muito impressionado, comentou: “a música tradicional cubana é um tesouro precioso e parte inseparável da cultura de Cuba”. Acrescentando: “Cuba deve preservar sua bela tradição musical e transmiti-la de geração em geração. Pessoalmente, apreciamos muito as expressões da música tradicional de todos os povos porque constituem um elemento importante de sua identidade, um sinal de sua cultura e de seus costumes”. Disse ainda que, se bem que música tradicional e nacional é importante e digna de que sobreviva, que seja cultivada e difundida, a chamada música bizantina constitui uma arte divina. “Haveis nos presenteado com todo o vosso amor, vossa arte musical e tradição. Oferecemos em troca uma mostra da nossa, com muito amor, também”. O evento artístico musical teve ainda o brilho da apresentação do coro de música bizantina Ágios Ioannis e o Grupo Musical de Tessalônica – Grécia. Visita hospital e escola para crianças deficientesNo sábado o Patriarca visitou o hospital infantil "William Soler" e a escola para crianças deficientes "Solidariedade do Panamá", localizados nos arredores de Havana. "Viemos hoje a este hospital de crianças para vê-las de perto, para abençoá-las em nome do médico das almas e do corpo", afirmou. "A esse grande amigo e médico (numa referência a Deus), lhe rogamos fervorosamente que alivie as dores dos que sofrem, saneie as doenças dos convalescentes, console todos e dê a todos paciência e paz até que a doença acabe", disse às crianças, presenteando-as com pequenas cruzes e um livro editado em espanhol com fábulas infantis. No hospital, ele também entregou uma doação de 540 cadeiras de rodas da Fundação Americana para Deficientes Físicos, presidida por Kent Bring. A diretora do hospital, Diana Martínez, disse ao Patriarca que "o dia de hoje, por sua presença aqui, será uma lembrança feliz permanentemente em nossas vidas". Exposição de Dimitris TalaganisDepois desse compromisso, o Patriarca Ecumênico visitou a escola e, então, seguiu para inauguração da exposição do artista e arquiteto grego Dimitris Talaganis chamada "Eros-Atlhos-Heroe", em homenagem à Paz e à Trégua Olímpica, no Museu Nacional de Belas Artes de Havana. No evento, Sua santidade comentou que Cuba tem o direito de "respirar livremente, tanto em seu interior como exterior, em suas relações comerciais, culturais e demais relações com os outros países da comunidade internacional". Disse que Cuba é "um país com uma brilhante participação nos Jogos Olímpicos" e que se prepara para fazer parte da edição 2004 em Atenas "com uma plêiade, com mais de 100 brilhantes atletas". Já o arquiteto e artista grego Talaganis qualificou de "importante dia na história" a abertura de sua exposição, inspirada na poética do escritor Constantinos Cavafis e dedicada aos Jogos Olímpicos que serão realizados em seu país neste verão. "Nossa exposição é dedicada ao povo de Cuba por manter vivo o espírito helênico em um país tão distante da Grécia, protegendo-o durante toda a rota histórica", assinalou. "Começou um novo século, um novo milênio, uma nova era. Difundiu-se uma nova mensagem, um apelo em favor da verdade, da justiça, da criação, da beleza, da fraternidade, da paz", acrescentou Talaganis. Também estiveram na cerimônia o ex-rei Constantino da Grécia, o ministro cubano de Cultura, Abel Prieto, e o Historiador da Cidade, Eusebio Leal, entre outras personalidades. Consagração da Catedral e Entrega da “Sagrada Cruz da Ordem de Santo André” ao Presidente Fidel CastroUma mensagem de amor ao mundo, de reivindicação do direito à igualdade, contra a guerra e as imposições dos mais poderosos, transmitiu o Patriarca Ecumênico Bartolomeu na homilia prévia à consagração da Catedral de São Nicolau, onde também salientou que “o bloqueio a povos e países é um erro histórico”, reiterando com isso pronunciamentos feitos por ele nesse sentido, durante a inauguração da exposição Eros-Athlos-Hero, do artista e arquiteto grego Dimitris Talaganis. O presidente Fidel Castro participou da cerimônia. Visitou previamente o convento de São Salvador de Santa Brígida, onde participou da inauguração no ano passado e recebeu mostras de afeição e carinho das religiosas que lá trabalham. Fidel colocou um molho de flores na estátua da madre Teresa de Calcutá, no jardim que leva seu nome, próximo da Basílica Menor de São Francisco de Assis, na Havana Antiga. Na entrada da Catedral de São Nicolau, o Patriarca Bartolomeu e Fidel cumprimentaram-se e depois que o clero circundou por três vezes o novo recinto eclesiástico, Fidel entregou ao patriarca as chaves da Catedral e o documento que atesta a personalidade jurídica da nova igreja, assinado pelo ministro cubano da Justiça, Roberto Díaz Sotolongo. A seguir, Sua Santidade entregou a Fidel a Sagrada Cruz da Ordem de Santo André, “como benção e símbolo de justiça e firmeza”. A Ordem constitui a máxima distinção que o patriarcado confere e que tem o nome do apóstolo que fundou a igreja em Bizâncio, há 2 mil anos. Com antecedência, o historiador da cidade, Eusébio Leal, explicou ao patriarca ecumênico Bartolomeu que a obra que lhe entregavam era “símbolo da amizade do povo cubano à sua pessoa e à igreja, ao passo que agradeceu a todos os que participaram de sua construção e tornaram possível este sonho”. O historiador da cidade manifestou também agradecimento “por esta visita, as palavras e os gestos de nobreza e simpatia e fraternal apoio à nação cubana e ao seu presidente”. Na homilia, o Patriarca Ecumênico agradeceu ao presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Fidel Castro, a construção da Catedral e o reconhecimento à Igreja Ortodoxa Grega. Afirmou que não veio a Cuba com prepotência e soberba, mas “para pregar com franqueza que o bloqueio aos povos e países é um erro histórico e que os problemas entre os povos e países devem se resolver através do diálogo e da comunicação”. Além disso, chamou a atenção para a atual situação internacional, que se caracteriza, disse, pela insegurança de pós-guerras, terrorismo, desigualdades e imposição do direito do mais forte, sendo sua mensagem dirigida ao direito dos povos à liberdade e à igualdade. A consagração da Catedral foi a última atividade do intenso programa do Patriarca que começou no dia 21 e que incluiu uma visita às crianças do hospital «William Soler» e da Escola “Solidariedade com Panamá”. Presidente Fidel Castro e demais autoridades assistem à Divina Liturgia.A Divina Liturgia foi oficializada por sua Santidade, precedida pela consagração do local, do templo, do altar, das relíquias e dos objetos usados na liturgia, obras de artistas cubanos e gregos. A cerimônia, que teve início por volta das nove da manhã com uma liturgia preparatória no templo católico de São Francisco e durou cerca de três horas, foi assistida pelo presidente Fidel Castro, personalidades do governo, líderes eclesiásticos de Cuba e centenas de fiéis gregos ortodoxos provenientes de todo o continente. A Catedral Ortodoxa São NicolauA catedral São Nicolau, situada em um espaço dos jardins do antigo Convento de São Francisco de Assis, em Havana Velha, foi construída com recursos do governo cubano, que também doou inúmeras obras de arte para compor o local, como um tímpano e um poço veneziano medieval e ficará aberta ao público a partir de terça-feira, 27 de janeiro/2004. Foi dedicada a São Nicolau, cuja festa se celebra em 6 de dezembro, santo protetor dos navegantes e a igreja está localizada em Havana Velha, patrimônio cultural da humanidade, próxima do porto e do mar. Para Eusébio Leal, historiador responsável pelos projetos do templo, a consagração da Catedral se tornou "um acontecimento histórico que proclama o espaço de liberdade e de ecumenismo que reina na vida religiosa do povo cubano". É a primeira igreja construída no país desde 1959, quando Castro assumiu o poder. De dimensões modestas, mas construída no rigor do estilo bizantino antigo, ocupa 354 metros quadrados em sua parte exterior e 153 metros quadrados no interior, tendo uma capacidade para umas 50 pessoas e sua altura, da cruz até a base, é de 10,5 metros. “Como se vê, trata de uma capela muito pequena, porém construída seguindo todos os planos da arquitetura bizantina e permanecerá como uma jóia para Havana”, disse Leal. ” Esta catedral é erguida próximo do porto e do mar, por onde chegam os marinheiros. Por isso é dedicada a São Nicolau, Bispo de Mira, um santo da ortodoxia que tem relação com o mar”, acrescentou o historiador. “Na construção da catedral foram utilizadas peças de outros templos ortodoxos europeus e elementos de muito valor patrimonial, como um tímpano medieval e um poço veneziano da mesma época. O altar é obra de Juan Narciso Quintanilha, um dos grandes escultores cubanos. As luminárias vieram da Grécia e são reproduções de antigos candelabros bizantinos”. Recordou ainda que “em Cuba existiu outro templo da Igreja Ortodoxa dedicado aos Santos Constantino e Helena, localizado nas proximidades do cemitério de Habanero de Colón, desaparecido, porém, já faz algum tempo”. Patriarca Bartolomeu I despede-se de CubaO Presidente do Conselho de Estado e de Ministros de Cuba, Fidel Castro Ruz despediu-se nesta tarde no aeroporto internacional de José Martí de Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla. Fidel e o Patriarca Bartolomeu apertaram as mãos e conversaram durante vários minutos ao pé da escadaria do avião, de onde o Presidente de Cuba saudou as demais autoridades da Igreja Ortodoxa presentes. Sua Santidade, o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I despede-se de Cuba, depois de uma visita de 6 dias, e tendo cumprido uma extensa programação desde sua chegada, na quarta-feira dia 21. O avião da Linha Aérea Olympic que levou de volta o distinto visitante e a delegação que o acompanhou, decolou do solo cubano próximo do meio-dia. Esta foi a primeira visita do Patriarca Ecumênico a um país da América Latina, considerada a mais importante de um líder religioso à Cuba desde a realizada pelo Papa João Paulo II, de 21 a 25 de janeiro de 1998. Destaques:Arcebispo Athenagoras, metropolita da Igreja Grega Ortodoxa para a América Central e Caribe:O arcebispo Athenagoras, metropolita da Igreja Grega Ortodoxa para a América Central e Caribe, agradeceu ao povo cubano seu "apoio e acolhida" ao Patriarca Bartolomeu I. O presidente Fidel Castro junto aos senhores nos fez uma oferenda de amor que fundamenta laços de história, cultura e tradição . "Nós, a Igreja ortodoxa, em nome do Patriarca ecumênico quisemos corresponder a esta oferenda como um detalhe de cultura e tradição. Agradeço ao povo de Cuba o amor e apoio a nossa Igreja. Para nós é uma grande honra estar em Cuba ao receber o convite do presidente Castro, e os senhores nos receberam com muito carinho", disse aos presentes à festa. [...] O Presidente Castro disse estar muito contente porque o povo cubano podia presentear esta igreja e que a ortodoxia se incorpore na comunidade cristã de Cuba . Benjamin Leavenworth porta-voz para a Visita Patriarcal:É uma Catedral porque a intenção é que Havana chegue a ser um centro do Caribe para a formação de padres para os países visinhos” disse o porta-voz para a visita do Patriarca, Benjamin Leavenworth. “Cuba é uma excelente vitrine”, acrescentou. A Igreja Ortodoxa espera que esta visita de Sua Santidade o Patriarca Ecumênico a Cuba impulsione o crescimento da ortodoxia na América Latina. Atualmente são cerca de 250 mil cristãos ortodoxos, a maioria no Brasil e Argentina. “O número tem crescido no México e há uma comunidade forte no Panamá. Michael Karloutsos, organizador da viagem a Cuba:O objetivo desta visita é o crescimento da Igreja, e Cuba é um bom ponto de partida para a América Latina. Será provável que sua próxima visita seja ao México. Chanceler cubano Felipe Pérez Roque:Esta visita do Patriarca Ortodoxo deixa claro a relação normal de Cuba com as Igrejas. Em Cuba estão presentes centenas de Igrejas, há total liberdade de culto e um compromisso do Estado de apoiar esse direito dos cidadãos”, disse o chanceler cubano Felipe Pérez Roque. Eusébio Leal, historiador responsável pelo projeto do templo:A consagração da Catedral se tornou"um acontecimento histórico que proclama o espaço de liberdade e de ecumenismo que reina na vida religiosa do povo cubano. Sobre a visita patriarcal: Será um acontecimento de grande relevância o fato de o Patriarca ter decidido sair de Istambul, a antiga Constantinopla, para chegar a América Latina pela primeira vez, e inaugurar esta Igreja que é, ao mesmo tempo, uma oferenda da nação, do povo cubano e de seu presidente ao Patriarcado Ecumênico” . Cardeal cubano Jaime Ortega AlamainoO encontro (...) foi cordial e acolhedor, ao mesmo tempo em que [foi] uma expressão do espírito ecumênico que anima ambas as igrejas cristãs. Arquiteto e artista grego TalaganisO arquiteto e artista grego Talaganis na abertura de sua exposição, inspirada na poética do escritor Constantinos Cavafis e dedicada aos Jogos Olímpicos que serão realizados em seu país neste verão: Nossa exposição é dedicada ao povo de Cuba por manter vivo o espírito helênico em um país tão distante da Grécia, protegendo-o durante toda a rota histórica [....]”. Começou um novo século, um novo milênio, uma nova era. Difundiu-se uma nova mensagem, um apelo em favor da verdade, da justiça, da criação, da beleza, da fraternidade, da paz". Síntese Biográfica de S. S. Bartolomeu I,
Fontes: Agências de Notícias France Presse, EFE e Reuters, em Havana. |
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