Loading
|
||||||||||||||||
CONSTANTINOPLA, Novembro de 2006: | ||||||||||||||||
29 e 30 de novembro de 2006 S. S. Bento XVI, Papa de Roma, visita o dia 28 de novembro de 2006 o Papa Bento XVI chegou ao Aeroporto Internacional de Esenboga (Ankara) às 13 horas, horário local, para uma visita oficial à Turquia, atendendo convite do Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I e do Presidente da Turquia Ahmet Necdet Sezer. Bento XVI foi recepcionado pelo primeiro-ministro turco, Recep Tayip Erdogan que, com um aperto de mão, lhe deu as boas-vindas. Após a cerimônia de boas-vindas foram a uma sala na qual se encontrava um retrato de Mustafá Kemal Ataturk, fundador da Turquia moderna, para fotos e discursos oficiais. Depois, o Papa e sua comitiva foram de carro visitar o monumento onde estão os restos mortais do fundador e primeiro presidente da moderna República da Turquia, que viveu entre 1881-1938. Acolhido pelo Comandante do Corpo de Guarda, Bento XVI entrou no Mausoléu e depositou uma coroa de flores junto ao seu túmulo. Dirigiu, em seguida para a Sala da Torre do Pacto Nacional, onde assinou o livro de Ouro, escrevendo nele esta frase em inglês como lembrança de sua visita: «Nesta terra, lugar de encontro entre religiões e culturas e ponte entre Ásia e Europa, com prazer faço minhas as palavras do fundador da república turca para expressar o desejo: «Paz à Turquia! Paz ao mundo!» Na Quarta, 29 o Papa chegou a Efeso para a celebração da Liturgia Eucarística, onde cerca de 250 pessoas o aguardavam em frente da casa onde, de acordo com a tradição, o apóstolo São João viveu com a Virgem Maria. A «Casa de Maria» também já foi visitada por Paulo VI em 1967, e por João Paulo II em 1979; também é lugar de peregrinação de muçulmanos, pois Maria é apresentada no Alcorão como «a única mulher que não foi tocada pelo demônio». Após a celebração o Papa viajou para o Fanar, na antiga Constantinopla, a maior cidade da Turquia. No inicio da noite o Patriarca Bartolomeu I recebeu em sua Sé Patriarcal o Papa Bento XVI dizendo: «Querido irmão, seja bem-vindo». Assim que os carros oficiais chegaram próximos à Catedral de São Jorge, os sinos soaram festivos dando boas vindas à comitiva e ao Bispo de Roma. Às portas da Catedral, foram oferecidas flores ao Papa antes do fraternal cumprimento e da solene entrada de Bento XVI e Bartolomeu I. Ladeados por dois diáconos que incensavam o Patriarca e o Papa, ambos acenderam suas velas diante dos ícones de Santo André e do Padroeiro da Catedral São Jorge. O coro entoava as antífonas próprias do Oficio Litúrgico de Vésperas da Solene Festa de Santo André que foi iniciado pelo Patriarca Ecumênico rezando: «Bendito seja nosso Deus a todo momento, agora e sempre, pelos séculos dos séculos». Após o canto dos tropários próprios da Festa, entoou-se a Grande Doxologia, o solene «Triságion» e as Litanias nas intenções do Patriarca, do Papa, da Igreja e pela paz do mundo, enquanto o coro respondia cantando o «Kyrie eleison» à cada petição. A Oração do «Pai-Nosso» foi introduzida por Bartolomeu I usando a fórmula da Liturgia de São João Crisóstomo: «Concede-nos, Senhor, que com confiança e sem condenação nos atrevamos a chamar-te Pai, Deus do céu, e dizer...» O Patriarca Bartolomeu I fez seu discurso em grego, língua oficial da Igreja Ortodoxa, e o Papa Bento XVI, em inglês. Em seguida,abençoaram os presentes e seguiram para veneração das relíquias de São Gregório Nazianzeno e São João Crisóstomo, antigos patriarcas de Constantinopla, venerados como doutores da Igreja pelo Oriente e pelo Ocidente. O Papa Bento XVI iniciou os cumprimentos oficiais aos Arcebispos, Bispos e Metropolitas ortodoxos presentes; o Patriarca, por sua vez, o mesmo com os cardeais, Arcebispos e Bispos católicos que compunham a comitiva papal. Após os cumprimentos, juntos seguiram para a sala patriarcal, chamada «Salão do Trono» para um encontro reservado, sem que a imprensa tivesse acesso. Encerrado o encontro, os sinos voltaram a soar em uma atmosfera de grande alegria. Na Quinta, 30 de novembro, Festa do Apóstolo Santo André, Padroeiro da Sé de Constantinopla, S. Santidade Bartolomeu I recebeu na porta da Catedral de São Jorge S. Santidade Bento XVI, seu convidado de honra. Após a celebração da Divina Liturgia, ambos discursaram, o Patriarca na língua grega e o Papa em francês. Depois dos discursos, Bartolomeu I e Bento XVI beijaram o Santo Evangelho e trocaram presentes, seguindo em solene procissão para a benção aos fieis que foi feita, respectivamente, na língua grega e latina. Num gesto que entrará certamente para a História, Bartolomeu I e Bento XVI deram-se as mãos, erguendo-as diante de todos os presentes. O encerramento de mais este encontro histórico se deu com a assinatura pelo Patriarca e pelo Papa de uma Declaração Conjunta, seguida de um jantar no Fanar oferecida pelo Patriarca Bartolomeu I ao Papa Bento XVI e sua comitiva. Fonte: Zenit, BBC News, Patriarcado Ecumênico |
||||||||||||||||
|
||||||||||||||||