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Iconostase - SEleção de Ícones Bizantinos

A Santíssima Mãe de Deus - «Theotokos»

Iconostases
A Santa Mãe de Deus Jesus Cristo, o Salvador
Santos Anjos e Arcanjos
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«Ó Mãe de Deus, fonte da misericórdia,
torna-nos dignos de tua compaixão;
volve o teu olhar para nós, o teu povo pecador;
mostra-nos, como sempre, o teu poder.
Depositando em ti a nossa esperança,
nós te aclamamos: Salve!
como outrora Gabriel, o príncipe dos Anjos».

(Oração diante do Ícone da Santa Mãe de Deus
antes da Divina Liturgia)

Dos três protótipos da iconografia mariana que a Tradição encontra raízes no Evangelista Lucas, uma variedade incrível de ícones da Mãe de Deus ganhou formas e apelativos em todo o Oriente cristão no culto de veneração à Theotokos.

A Mãe de Deus Odighitria, (ou Condutora):

Literalmente, Odighitria, significa “A que indica o Caminho” ou “Condutora”. Provém do verbo grego “hodegeo”, daí o substantivo “Odighitria”. Designa o (a) que guia pessoalmente alguém pelo caminho, ou que vai acompanhando. Observa-se neste ícone que a Virgem, com o Menino, são representados frontalmente, voltados para quem contempla o ícone. Trata-se de uma imagem, hierática e majestosa que põe em evidência a divindade do Menino. Evdokimov, célebre teólogo ortodoxo, referindo-se aos tipos iconográficos em que a Mãe de Deus é representada com o Menino, indica que, o que se contempla na imagem, mais que as figuras da Mãe de Deus e do Divino Infante, é o evento da encarnação, ou seja, enquanto expressam no humano a face misteriosa do Pai.

Este tipo iconográfico inspirou um incontável número de ícones, dentre os quais: Virgem do Akathistos de Zografu, em Monte Athos; Árvore de Jessé; Consolo nos Pesares e Tristezas, em Constantinopla; Czestochowska, a Madona Negra da Polônia; Damascena (a Virgem das três mãos), em Damasco; Firmamento Bendito, Moscou; Flor Imarcescível; Virgem da Paixão (ou do Perpétuo Socorro, na Igreja latina), Roma; Intercessora dos Pecadores, Rússia; Iviron / Portaítisa, Monte Athos, Grécia; Virgem de Getsemani, Jerusalém; Virgem de Kazan, Rússia; Virgem de Nicopédia, Constantinopla; Odighitria de Smolensk; Sarsa Ardente, entre outros.

Mãe de Deus Eleousa (ou da Ternura):

Eleusa ou Eleousa (do grego: Ἐλεούσα – “terna” ou “misericordiosa”) é uma representação iconográfica da Theotokos na qual o Menino Jesus é representado confortavelmente aninhado sob seu rosto. Expressa uma carícia mútua entre Mãe e Filho, revelando um sentimento humano natural de ternura e amor maternais. Maria, que sustenta o Menino em seus braços, abraça-o afetuosamente numa expressão de doce intimidade. Os gestos do Menino são diferentes dos da Virgem Mãe Odighitria: com sua mão direita acaricia a face materna, e com a esquerda, aperta a borda de seu manto. Madre Donadeo chama a atenção para a “linha vertical que une as duas mãos da Theotokos: a direita sustém o Menino e, ao mesmo tempo, relembra a atitude da Déesis (da intercessão), que implora misericórdia (1996, p. 94). Os aspectos da humanidade do Menino-Deus recebem, neste ícone, especial acento.

Na Igreja latina, este ícone da Mãe de Deus Eleoussa é mais conhecido como a ‘Virgem da Ternura’. Alguns de seus traços particulares podem dar lugar a uma infinidade de variantes iconográficas, sempre relacionadas aos milagres, santuários, regiões etc., dentre as quais destacam-se: a Galaktotrophousa, mais conhecida no Ocidente como Virgo Lactans, Virgem de Belém; Virgem de Vladimir, na Rússia; do Akathistos, Áxion Estín e Consolação de Vatopedí, dentre as muitas que são veneradas no Monte Athos, na Grécia; Acalma Minha Tristeza, Moscou; Degtiariovka, em Nóvgorod, Rússia; Kásperova, Ucrânia; Kórsuñ, Éfeso; Lévish, Sérvia; Pocháyev, Ucrânia; Ventre Bem-aventurado, em Bári, Itália, entre outras inúmeras denominações espalhadas por todo o mundo cristão, tanto no Oriente como no Ocidente.

A Virgem Orante:

A Orante representa a Virgem de pé, ao lado de Cristo (Deéisis), ou com as mãos erguidas e com o Menino em seu seio, enquadrado por um círculo (Platytera). Uspenski (2013, p. 59) referindo-se àquela primeira forma de representação, observa que “a informação sobre este ícone é confusa e apresenta certos traços do ícone da Déesis, isto é, a Virgem em oração, dirigindo-se a Cristo”. Trata-se da Mãe de Deus, porém, a ausência do Menino, as mãos elevadas em gesto de oração e toda a postura do corpo, aproximam, até certo ponto, da denominação “Muro Indestrutível”, figura da Orante dos antigos iconógrafos cristãos, ou seja, a Igreja.

Maria de Nazaré, a mesma representada iconograficamente como a Orante, foi a que inspirou, ao longo dos séculos, as almas de seus fiéis devotos em todo o mundo e de iconógrafos a se dirigirem a ela como: Virgem de Abalak; Auxiliadora, de Azov; Cálice Inesgotável; Em Ti se Regozija; Grande Panaghia; de Kursk; da Raiz; Muro Indestrutível, do Sinal; Platytera; de Todos os Enfermos, entre outros tantos.

Outras variantes destes três protótipos:

Fontes:

wikipedia.org. Imagens ortodoxas de Maria

SPERANDIO, J. Manoel. O Lugar de Maria na tradição litúrgica das Igrejas Orientais Bizantinas - Ortodoxas e Católicas. Joinville, 2015.

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