Teodoro de Mopsueste (Antioquia, c. 350-428 ) eodoro Mopsueste, também conhecido como Teodoro intérprete ou Teodoro de Antioquia, foi Bispo de Mopsuestia (como Teodoro II, entre 392-428) e um dos teólogos mais representativos da Escola de Antioquia. Contemporâneo de Max Seleucia e São João Crisóstomo na escola de retórica Libânio e, mais tarde, frequenta o filósofo Andragatius. Como a maioria dos grandes homens do século IV, sente verdadeira inclinação para o ascetismo e a vida contemplativa, até que, finalmente, com Crisóstomo abraça a vida monástica em um lugar próximo da cidade. Em uma crise na que os estudos teológicos e a vida ascética chegaram a lhe causar fastio, tomou bruscamente a decisão de voltar ao estado anterior e dedicar-se aos estudos jurídicos. Teodoro, porém, volta novamente ao monastério, ouvindo, quem sabe, a voz da sua consciência ou o conselho dos verdadeiros amigos. O historiador Sozomeno viu no retorno de Teodoro à vida monástica uma prova clara do talento persuasivo de João Crisóstomo (Hist Eccl.: PG 67,1516-1517). No ano 383, Teodoro é ordenado presbítero e prega em Antioquia. Sobressai como incansável polemista (apologista) que combate contra os inimigos da fé, quaisquer que sejam: origenistas, arianos, Apollinaristas, entre outros. Até então, juntam-se a ele no monastério, Euprepios, Rufino de Aquileia, João, que mais tarde será bispo de Antioquia, Teodoreto, futuro bispo de Cyrus, e Barsumas, futuro metropolita de Nisibis. Entre aqueles discípulos, um nome chama especialmente atenção: é Nestório. Não se pode determinar com certeza como Teodoro exerce sua influência em Nestório, mas a verdade é que sua cristologia está longe de ser original. No ano de 386, Teodoro vai Tarso, onde vive com Diodoro, e escreve até 392, quando é consagrado bispo de Mopsuestia (Cilícia). Teodoro esteve presente no Concílio de Constantinopla (392), que resolveu a disputa entre Agapio e Badagio pela sede de Bostra. A ocasião deste sínodo possibilitou, tanto o clero como ao o povo de Constantinopla, ouvir e admirar-se com o conhecimento e a eloqüência de Teodoro. De sua pregação na corte, cedendo aos rogos do imperador Teodosio, relata Facundo (cf. Pro defensione... 2,2. PL 67,563). No ano de 418, Teodoro oferece asilo a Juliano de Eclanum e a outros bispos pelagianos que haviam sido expulsos pelo Papa Zózimo. É provável que, ao dirigir-se à sede de Constantinopla, Nestório tenha visitado Teodoro, que morreu no final de 428, antes que estourasse a controvérsia nestoriana, na que seu nome e sua doutrina se veriam implicados. «Ele não é o Deus dos mortos, mas dos vivos» Comentário sobre São João O fundamento da nossa condição presente, é Adão. Mas para a nossa vida futura, é Cristo, nosso Senhor. Porque, tal como Adão foi o primeiro homem mortal e todos o foram em seguida por causa dele, também Cristo é o primeiro ressuscitado dos mortos, e deu o germe da ressurreição aos que vieram depois dele. Nós vimos a esta vida visível pelo nascimento corporal, e é por isso que somos todos corruptíveis. Quanto à vida futura, seremos nela transformados pela força do Espírito, e é por isso que ressuscitaremos incorruptíveis. E porque isso não se realizará senão nessa altura, Cristo nosso Senhor quis desde já, de uma maneira simbólica, transportar-nos aí, dando-nos o batismo e um novo nascimento nele próprio. Este nascimento espiritual é a figura presente da ressurreição e da regeneração que se deve realizar plenamente em nós, assim que passarmos a essa vida. É por isso que ao batismo também se chama regeneração.
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